Evangelho segundo Jesus mesmo.
Tenham calma meus filhinhos,
não fiquem assustados.
A mensagem aqui compartilhada,
é a mesma do passado.
É que no dia a dia, convivendo,
na rua e observando,
ficou-me claro que esqueceram,
o viver que eu proclamo.
A mensagem mando eu,
através de um poeta.
Jovem simples, periférico,
que não é metido a profeta.
Encontrei ele andando sozinho,
tem no máximo meia hora.
Tem sangue de baiano,
misturado a carioca.
Vixe mãe Maria
e também nossa senhora.
Essa mistura é porreta,
deixe pra lá essa história.
Voltemos a falar
do assunto originário,
cuja necessidade é sentida
e exige cuidado imediato.
Lá, há muito tempo,
sob os pés daquela montanha,
dei-lhes as diretrizes do meu reino,
mas parece que guardaram embaixo da cama.
Pedi que apoiassem os órfãos,
pedi que não se esquecessem das viúvas.
Mas na verdade o que fizeram,
foi abandoná-los nas ruas.
Orientei para que se amassem,
inclusive os inimigos.
No entanto, tudo que vemos
é um mega de um conflito.
Conflito nas ideias,
conflitos de opinião,
discordância em todo lado,
nos pondo à beira da extinção.
Essa conversa já é antiga,
mas agora encarecido peço,
que se entendam e se perdoem,
transformem esse universo.
São templos e mais templos,
pregação pra todo lado,
chegou a hora é de viver,
todo o texto professado.
Meus filhos, me despeço,
de tanta dor estou cansado.
Os que são meus que não se esqueçam,
espalhem amor em todo lado.