Iguais
Viemos ao mundo para um pouco aprender,
Chorar não adianta,
Vai precisar se conter.
Será que te escolhem?
Ou vão jogando pra ver?
É sorte ou destino?
Quem aponta pra onde nascer?
Trazemos valores,
E outros são nos passados,
Sentimos as dores,
Mesmo com corte curado,
Caixas de horrores,
Que nos limita, trancados,
Mas mira nas flores,
Que envolve tudo ao seu lado.
É fome,
Miséria,
Ganância e destruição,
Se algo limita,
Seremos contravenção,
É guerra,
É droga,
É muito,
Tanta opção.
E o sol tá lá fora,
Tão simples,
Só brilha,
E o humano,
Busca a escuridão.
Iguais são robôs padronizados,
Leais,
Programam as mentes,
São só sorrisos,
Sem "ais".
São todos perfeitos,
Estão com seus manuais,
Diferente é vírus,
Cuidado,
Pensam por si,
São letais.
Rótulos expostos em outdoor,
Escolhe a porta,
Entra.
Mesma música,
Mesmo olhar,
Mesma droga a entorpecer.
Mesmo rastro,
Mesmas caras,
Mesmo ódio a crescer.
Mesmo julgo,
Mesma raiva,
É sentença sem prender.
Alimenta a tua fome,
Sem ao menos perceber.
E os iguais que te governam,
Querem mais iguais a você.