Imensidão
Circulos fechados. Alertas do amanhã. Um desastre nos aguarda no horizonte. Não podemos evitar a brisa quente da permanente dor.
Passos são dados. Caminhos são arrastados como corrente de escravidão. O destino de cada um está limitado ao desabor da ilusão.
Poemas escritos e digitados no celular. Dedos treinados a se adaptar a minuscula tela, ao pequeno teclado virtual. Olhos marrejados e cansados.
Não temos tempo a perder. Não temos nada a fazer. Podemos ficar parados ou agitados ou empregados ou abandonados a própria sorte.
Mãos que se estendem. Pessoas que se guiam pela retórica constante do sentidos. Vagas lembranças de infâncias unidas ao sabor do vento.
Cadê a pessoa que um dia disse que nada séria difícil e tudo seria fácil? A pessoa que chegava alegre e cantava desapareceu na imensidão.