Imensidão

Circulos fechados. Alertas do amanhã. Um desastre nos aguarda no horizonte. Não podemos evitar a brisa quente da permanente dor.

Passos são dados. Caminhos são arrastados como corrente de escravidão. O destino de cada um está limitado ao desabor da ilusão.

Poemas escritos e digitados no celular. Dedos treinados a se adaptar a minuscula tela, ao pequeno teclado virtual. Olhos marrejados e cansados.

Não temos tempo a perder. Não temos nada a fazer. Podemos ficar parados ou agitados ou empregados ou abandonados a própria sorte.

Mãos que se estendem. Pessoas que se guiam pela retórica constante do sentidos. Vagas lembranças de infâncias unidas ao sabor do vento.

Cadê a pessoa que um dia disse que nada séria difícil e tudo seria fácil? A pessoa que chegava alegre e cantava desapareceu na imensidão.

Carlos Emanuel
Enviado por Carlos Emanuel em 21/05/2021
Reeditado em 21/05/2021
Código do texto: T7260638
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