CABRITOS!
Zé Cabriteiro da vida sem graça
Cuidava de cabritos. Sòzinho!
De dia e de noite os alimentava. Todos os dias
Não fazia outra coisa e pedia
P'ra lhe ensinarem um oficio e podia
Sair daquela modorra algum dia
P'ra viver plena a sua vida. Inteirinha.
Cansado dessa lida. Só podia!
Fugiu para a cidade, um certo dia
Lá viu muita desavença que desconhecia
E quase nada do que queria.
Batalhou e até teve emprego
Lá mesmo! Onde ainda se ouve
O eco do estrondo do 'Onze de Setembro'
Houve por bem voltar ao Sertão, como queria
Saudoso e em dúvida da ida
Quando percebeu com grande alegria
A gratidão dos cabritos.