Ali eu era o menino
Muros e cercas não me limitavam,
Telhados me faziam chegar ao céu,
Coragem e decisões rápidas,
Navegava em um barquinho de papel.
O perigo sempre rondava,
Coisa inventadas,
Nunca ao léu,
A cada desafio,
Uma escolha,
Enfrentava o perigo,
Esgueirando à aba do chapéu.
Ali eu era o menino.
Hoje me aprisiono ao conforto da casa,
Paredes limitam,
Coragem empoeirada,
Acobertada por um véu,
Desafio é manter-se vivo,
Aguardando a próxima cobrança em papel.
Medo que mata a esperança,
Vitória da insignificância,
Ganha e ergue o troféu,
Responsabilidade limita a criança,
Nos aproxima do inferno,
Nos afasta de anjos do céu.
Hoje, eu o homem.