Silêncios.

A gente tenta entender

Tem horas que parece até

Mas a vida, essa é senhora do silêncio

Dona da verdade

Na paz dessa oportunidade de calar ou não

E de novo a gente morre

De novo e de novo e de novo

Morre dessas coisas que te vem do coração

E que te corre sem sangrar

Que te sangra sem que se perceba

Te vai numa oração que também morre

Sem subir aos céus

Oculta atrás de um véu

Na tristeza que outra vez se oculta

Na beleza das palavras por dizer

Que na verdade, elas também são ditas

No segredo da oração que não se escuta

Mortas, mas também bonitas.

Edson Ricardo Paiva.