Eu, sacrifício
Navegar contra o vento,
Desafiar as correntes,
Resistência te empurra,
Não te deixar ir em frente,
Mas tua força é maior,
Objetivo em mente,
Contra tudo e todos,
Pois são todos descrentes.
Todos tem um conselho,
Mas não sabem o que sente,
Eles querem a prudência,
Somos mais exigentes,
Se acorrentam a carência,
Se descrevem prudentes,
Tanta incoerência,
Sobras de um decadente.
Serei eu o sacrifício,
Espelho para o meu filho,
Minha espada, as palavras,
Vivo à beira do precipício.
Me converti a não ter nada,
Forçado pelo destino.
Para poucos ter muito,
Muitos ficam sem nada.
O banquete é servido.
Migalhas não me interessam,
Não me contento com resquícios,
Peça mal acabada,
Quero o sistema falido,
Que todos tenham tudo ou nada,
A bonança ou eterno martírio,
Que igualdade seja para todos,
Não importa cor, gênero, sexo,
Ou qual seja o partido.
Eu não prego ideologias,
Destruo a razão com um estampido,
Quando acredito na certeza,
Parto para o suicídio.
Um dia ando na prancha,
Outros me mato com tiro.