Normalidade
Sinceridade. Saudades. Metáforas densas. Sentimentos confusos. Pássaros que cantam alegres ao sabor da chuva. Fenda do tempo nos transporta para outra dimensão. A imensidão do universo serena serpente. Na lua se esconde o singular desejo.
Contido pelas veredas perdidas da imensidão. Contagem. Contato. Vulcão em fogos e armadilhas. Lamas, camadas inebriantes de descargas forjadas. Moradas antigas do interior. Casebres de taipa. Linguajar popular. Mandinga dos caiporas.
Sereias e curupiras. Folclores brasileiros. Seleiros e cerrados. A mata fechada revela segredos mil. Sons dos entediados. Coração dos enfeitiçados. Paralisados. Paratenados. Perfeita harmonia. Detesto dizer, mas a real saúde vem da natureza e que beleza. Que fantasia.
Os frios, os calores mil. A mentira que lhe contaram sobre o desmatamento. Esqueceram de dizer que pulsa vida na mata. Que a madeira tirada a força gera sofrimentos aos índios, aos macacos, as cobras, jacarés, toda fauna de bichos e seus habitats.
O pecado gigante do homem. O machado destruidor que decide, quem vive e quem morre. Vamos socorrer quem tem fome. E a minha fome? Quem vai me ajudar? Quem vai me ornamentar com cogumelos e águas bentas? Ou com cachimbos e pernas de pau?