O Jogo
Quem te disse que não ia doer?
Te falaram que atrás das nuvens tem um sol a se esconder?
E que tem gente que tem muito,
Enquanto outros reviram lixos atrás de ossos,
Para ter o que roer,
E quando bênçãos caem do céu,
Muitos querem se esconder.
Do luxo ao lixo,
Do ferro ao fogo,
Ou se convive com o monstro,
Ou o mata,
E volte ao jogo.
Ele usa o teus medos,
Quer te deixar exposto,
Quer contar os seus segredos,
Não se culpa,
Assume-se estorvo.
Cria dores,
Pesadelos,
Quer nublar o seu entorno,
Tempestade o ano inteiro,
Planta trigo,
Colhe joio.
Sem ação,
Esperança é cruz,
Vela acesa se apaga,
No escuro,
A fé não reluz,
Na penumbra,
Intuição te conduz,
E a queda prefere a surpresa,
Da expectativa que o medo produz.
Seja a luz de sua vela,
Faísca há em seu cerne,
Clareie tudo em volta,
E ao sol,
Que a tempestade se entregue.
Que o brilho de uma vida plena,
Te guie na trilha da vida,
Mate o monstro com ação,
Que o conhecimento teoriza.