O Jogo

Quem te disse que não ia doer?

Te falaram que atrás das nuvens tem um sol a se esconder?

E que tem gente que tem muito,

Enquanto outros reviram lixos atrás de ossos,

Para ter o que roer,

E quando bênçãos caem do céu,

Muitos querem se esconder.

Do luxo ao lixo,

Do ferro ao fogo,

Ou se convive com o monstro,

Ou o mata,

E volte ao jogo.

Ele usa o teus medos,

Quer te deixar exposto,

Quer contar os seus segredos,

Não se culpa,

Assume-se estorvo.

Cria dores,

Pesadelos,

Quer nublar o seu entorno,

Tempestade o ano inteiro,

Planta trigo,

Colhe joio.

Sem ação,

Esperança é cruz,

Vela acesa se apaga,

No escuro,

A fé não reluz,

Na penumbra,

Intuição te conduz,

E a queda prefere a surpresa,

Da expectativa que o medo produz.

Seja a luz de sua vela,

Faísca há em seu cerne,

Clareie tudo em volta,

E ao sol,

Que a tempestade se entregue.

Que o brilho de uma vida plena,

Te guie na trilha da vida,

Mate o monstro com ação,

Que o conhecimento teoriza.

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 27/04/2021
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