Mundo paralelo
É medo,
É terror,
Não é um filme de ação.
Bandidos andam de terno e gravata,
Roubam impunes,
Do bolso do cidadão.
Me levaram o direito à saúde,
Transporte e educação,
Me tiram o trabalho honesto,
O meu dinheiro,
Não revertem em imunização.
Viajam e tiram férias,
Gastam o que dizem ser da União,
Aplaudimos embasbacados,
A cada ação do vilão.
Eu, em um mundo paralelo,
Talvez eu não tenha noção,
Talvez esteja cego,
Não defendo a pilantragem,
Nem tenho político de estimação.
O ódio que disseminam,
Brota flores em meu coração,
E gera uma raiva imensa,
Minhas palavras gritam,
Escrevo para não perder a razão.
Miseráveis não passam fome,
Mendigam por atenção,
Defendem quem esta errado,
Querem andar de armas em mãos.
Querem matar os mendigos,
Querem que o fogo dissemine a nação,
Precisam de um líder para encher o ego,
Cabeça de prego buscado martelo,
Pois em terra de rei míope,
Quem tem um olho e cego.