A morte das prosas, das conversas, das poesias

Todos nós temos pressa.

O Tempo é curto.

A Estrada parece longa.

Ninguém quer chegar aos encontros tarde demais.

Todos nós corremos.

As estações vão ficando para trás

Os dias por vezes são páginas rascunhadas às pressas

Muitas madrugadas são como folhas arrancadas abruptamente.

Muitas manhãs nascem tarde, partidas ao meio-dia.

Melhor quem para para olhar o Tempo, ouve o silêncio

Observa o dia nascer de novo, nunca igual

Vê as cores vivas pinceladas pelo Criador

Cada dia com tons diferenciados.

Aprecia a prosa, a conversa, a poesia

Os olhos nos olhos

Saboreia, Lágrima à lágrima

De dor, de doçura, de alegria, de saudade, de felicidade.

Diante de vidas abençoadas

Lava o corpo por fora, lava o coração por dentro

Refresca a alma, transforma o ser

A mente fica mais sadia querendo viver o presente

Cada dia com mais intensidade, com amor.

A pressa leva as vidas rápidas demais.

As prosas, as conversas, as poesias são deixadas de lado.

Por isso nós criamos tantos paradoxos

Com entreveros inúteis

Fazendo muitos acertarem os seus relógios do tempo

Com o nosso.

Alguns ansiosos querem adiantar as horas

Outros entristecidos atrasarem os ponteiros.

Independente da nossa maestria ou ignorância

Todos nós chegaremos no último lugar no seu devido tempo

Robertson
Enviado por Robertson em 14/04/2021
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