A morte das prosas, das conversas, das poesias
Todos nós temos pressa.
O Tempo é curto.
A Estrada parece longa.
Ninguém quer chegar aos encontros tarde demais.
Todos nós corremos.
As estações vão ficando para trás
Os dias por vezes são páginas rascunhadas às pressas
Muitas madrugadas são como folhas arrancadas abruptamente.
Muitas manhãs nascem tarde, partidas ao meio-dia.
Melhor quem para para olhar o Tempo, ouve o silêncio
Observa o dia nascer de novo, nunca igual
Vê as cores vivas pinceladas pelo Criador
Cada dia com tons diferenciados.
Aprecia a prosa, a conversa, a poesia
Os olhos nos olhos
Saboreia, Lágrima à lágrima
De dor, de doçura, de alegria, de saudade, de felicidade.
Diante de vidas abençoadas
Lava o corpo por fora, lava o coração por dentro
Refresca a alma, transforma o ser
A mente fica mais sadia querendo viver o presente
Cada dia com mais intensidade, com amor.
A pressa leva as vidas rápidas demais.
As prosas, as conversas, as poesias são deixadas de lado.
Por isso nós criamos tantos paradoxos
Com entreveros inúteis
Fazendo muitos acertarem os seus relógios do tempo
Com o nosso.
Alguns ansiosos querem adiantar as horas
Outros entristecidos atrasarem os ponteiros.
Independente da nossa maestria ou ignorância
Todos nós chegaremos no último lugar no seu devido tempo