Acalanto

Cala o canto da noite ao despertar chuvoso da manhã.

Entra pela porta um frio anunciador...outono intenso.

Esperei-o como vida amassada que nem pão.

Sonhada felicidade duradora e abençoada por avós.

Já sabemos onde vai dar a superfície do acalanto.

Já sabemos de toda dor e de todo pranto.

Já chorou as nuvens e trovejou o estômago vazio.

Já vazio se fez o prato...já sabemos...dos vazios.

Sem pão, teto, trabalho, educação.Sabemos! Já!

Já cala o canto!

...

*"Se tem gente com fome... dê de comer".(Solano Trindade)

Edione Mercês
Enviado por Edione Mercês em 10/04/2021
Reeditado em 14/04/2021
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