Da Sanidade à Loucura.

Até onde vai a razão?

Qual o limite para a loucura?

Vivo nessa corda bamba,

Ventos, às vezes me empurram.

Exercer a sanidade,

Nesse mundo de torturas,

A pressão para o enquadramento,

Não retrata a estrutura.

Retrato do que se vê,

Não revela a arquitetura,

Se a base é em areia fina,

Escancara-se as fissuras.

Loucos performáticos,

Ou normais sem ter postura?

Dizem a que vieram,

Rompem qualquer ditadura.

A sanidade observa,

Loucura vai e derruba,

Juízes da vida alheia,

Analisam sua conduta.

São ritos da vaidade,

Estar bem é ter fortuna,

Ter um carro,

Roupas novas,

Ter estilo,

Assim não te julgam.

Eu sou pobre,

Maloqueiro,

Ando a pé,

E de bermuda,

Réu confesso,

Sem apelo,

Um louco,

Que a sanidade perturba.

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 10/04/2021
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