*Que rei sou eu
*Que rei sou eu
Feliz fora o ar, que, com pureza.
Respirava, o próprio ar!
Feliz fora a água.
Que límpida saciava, a própria sede!
Feliz fora o fogo.
Que, em vívida chama;
Abrasava, ardia!
Feliz… feliz fora o fértil solo.
Que, de maneira orgânica;
alimentos saudáveis produzia!
Feliz fora o homem, um dia.
Que mutualmente, se respeitavam.
Se doavam, dobravam aos morais valores;
de outrora! Lembra-se?
Hoje… esse mesmo homem;
covarde, promiscuo, insano.
Apenas se rasteja, rastejam…
Cegos… tornaram-se escravos.
Escravizando-se, a si mesmo.
Hoje, sob correntes invisíveis;
são, estão reclusos.
Açoitados ao tronco, de suas senzalas.
Somos déspotas, somos vassalos!
Adilson Tinoco
O
Poeta das flores!