NO SILÊNCIO DA EXPLOSÃO
Agarro-me ao silêncio destas paredes
Virtual em minha rede
Qual fantasma da ilusão
Nem que eu beba oceanos mato a sede
Meu desejo me persegue
Teu silêncio e a solidão
Sofrimento da seca ou da enchente
É tudo num repente
Um filho que morre na frente
Na frente de batalha
Na frente de trabalho
Na frente da mãe...
Teu silêncio me faz ser teu amante
É tudo num instante
Neste coração pulsante
Entorno a taça cheia de tua voz morna
Inexistente num silêncio que contamina
Alma imersa em solidão
Vivi mil anos pra ver que o amor contorna
Até mesmo o perigo daquela usina
No silêncio da explosão