NO SILÊNCIO DA EXPLOSÃO

Agarro-me ao silêncio destas paredes

Virtual em minha rede

Qual fantasma da ilusão

Nem que eu beba oceanos mato a sede

Meu desejo me persegue

Teu silêncio e a solidão

Sofrimento da seca ou da enchente

É tudo num repente

Um filho que morre na frente

Na frente de batalha

Na frente de trabalho

Na frente da mãe...

Teu silêncio me faz ser teu amante

É tudo num instante

Neste coração pulsante

Entorno a taça cheia de tua voz morna

Inexistente num silêncio que contamina

Alma imersa em solidão

Vivi mil anos pra ver que o amor contorna

Até mesmo o perigo daquela usina

No silêncio da explosão

Efejota Brasil
Enviado por Efejota Brasil em 30/03/2021
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