QUÃO FRÁGIL É A VIDA

Quão frágil é a vida

Quão sensíveis somos nós

Quão doído é o adeus

Não importa se a despedida é de uma criança

Não importa se de um jovem

Não importa se de um idoso

O adeus

Ou à Deus

Deveria soar como um "até breve"

Mas quem nos garante que será somente por um tempo?

De repente os sorrisos se desfazem

E as lágrimas tomam forma

De repente os abraços que nos consolam

Precisam vir de outros braços

Quão doída são as perdas da vida

As saudades que ficam

As despedidas com corpos sem vida

As partidas indesejadas

As perdas inesperadas

Mais doído ainda é o adeus no hospital

Ouvindo o médico dar a sentença final

E mesmo sabendo que o fim é algo normal

Diante de trajetórias tão reais

E de longas histórias vividas

E caminhos percorridos

O coração ainda insiste em dizer que queria um pouco mais

Só um pouquinho mais de tempo

Pra dar mais um abraço

Dizer mais um eu te amo

Conversar pela última vez

Agradecer por algo que a pessoa fez...

Quão doída é a dor da despedida

Quão frágil é a vida...