TÁCITO / UM PEQUENO INSTANTE


TÁCITO

Ao tácito contato noturno - às alturas
(não taciturno)
e ninguém de recusas-escusas alheias,
a proposta em preces advinha dos céus, da terra, e do mar...

     Haviam significados que entoavam estórias,
     algo d'estranho naquele porvir.

Gratos então d'emoção
(pelo sim, pelo não e pela ausência de dor)
nunca se houvera ouvir em sinos sinistros sons,
     badalos em louvores d'amor.

Sinal de que o efêmero tempo, e a fé,
     n'igreja (o templo),
          na vida (o termo),
               em casa (o teto),
                    no conceito (o terno),
fervem e traduzem em arte-oração,
um (re)encontro premeditado.

Mas em prosa, a sina explica o ditado,
e eu, marrento & atento,
procuro tentar entender:
é 'qu'ela (Mulher-Poesia) que está ao comando,
- de fluídas formas perfeitas -
é linda por fora,
é linda por dentro...


 
UM PEQUENO INSTANTE

Valete à varejo - ao que vejo;
dama na cama - ao que me acalma;
o que percebo - completo, 'perfectus',
são balizas de amores de botequim, ao conceito romano, 'carpie diem'...

mas... deveras feito um filme-teatro
(não escondo que beijei uma atriz)
'que importa é o presente,
(dado, ganhado e o tempo)
e que esteja na frente, na mente d'um aprendiz,
inda que a fração dum segundo-momento,
'al rato',
e nos faça sentir um ator
(representando o amor),
em plena plenitude, contente.

 
 
'Na contemporânea modernidade líquida, todos nós, sem exceção, somos bonecos-articulados' (Antonio Jadel)


'E Penso A Te' (Chiara Civello & Ana Carolina)
https://www.youtube.com/watch?v=zV6Lv5CLczI&feature=youtu.be