AURORA DA MINHA VIDA
(Sócrates Di Lima)
A aurora que me abriga,
Nas doces manhãs de outono,
Me soa como uma cantiga,
Que sou um pássaro sem dono.
Na aurora da minha vida,
Haverá sempre uma estrada a seguir,
Sozinho ou de mãos dadas com lida
Amando e sonhado sempre devo ir.
Sou livre feito o vento,
Tenho olhar de imensidão,
Sorrio como o cata vento,
No meio da escuridão.
Na aurora da minha aura,
Sempre invocando o positivo,
Me rodeio da alegria que sara,
Minha alma do ser nocivo.
Canto a serenidade do meu arrebol,
Crepúsculos do meu bem querer,
Meu coração é como o Sol,
Queima e pulsa a cada amanhecer.
E se um dia eu partir,
Deixar a aurora da minha vida,
Pra outro canto devo seguir,
Com mesma impulsividade atrevida
Vivo minha vida sozinho,
Por opção da minha liberdade,
Na multidão caminho,
Entre lembranças e saudades,
Lembranças da minha meninice,
Saudades dos meus bem quereres,
Minha mãe um dia me disse,
- Meu flho a vida é dura mas tem seus prazeres.
E aqui neste meu coração,
Que não se sente nem um pouco cansado,
Unido com minha alma, razão e emoção,
Faz-me um homem abnegado.
Gosto sempre da verdade,
Da sinceridade e honestidade,
A minha índole é só reciprocidade,
Temo a Deus e amo a minha liberdade.
Sou fruto da terra,
Nascido do ventre de uma mulher,
E um dia qualquer a vida se encerra,
E ao pó estarei como Deus assim o quer.
Mas entre lá e cá,
Quero buscar meu último gole de felicidade,
Levando a minha vida num shá..lá..lá...
Entre a poesia e a minha aurora, vivo a minha realidade.