O Conheci

O conheci finado

Duro, estático, verdadeiramente morto!

Vislumbrando o mar'alto sequioso

Onde peixes-aves nadam

Pouco voam na liberdade-solidão dos ares

Como a vaidade ossada vivendo o tal cotidiano: enfado-tedioso

Perfeito, sim, perfeito!

Tão perfeito que não sabia

Vivo, como vivo, como pouco antes que viestes morrer!

Tão leigo do fenecimento

Das reticências, céus, após o final não lido!

Do dissecar ao longo da semana!

Dos abutres deliciando do enterro celestial!

Do gélido que nunca sentiu!

Da chuva inundando o pouco corpo...!

Ah... No asfalto, na solidão além da solidão que conheces...

Na variação vital mais movimentada

O pretexto do final, o início inacabado...

Morte!

Que apesar de morto, do pesar não recíproco

Da anedota que antes pouco riam

Da última reclamação…

Está morto!

Otávio M Alves
Enviado por Otávio M Alves em 19/02/2021
Reeditado em 25/02/2021
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