Próprio vinho!
Não me diga o que fazer!
Vou por aqui, sair de mim.
Quero acompanhar-me de desejos
ou mesmo sem vontades.
Não tente neblinar meu caminho.
Sou eu, quem provo do meu
próprio vinho!
Não me impeça de ficar
ao sabor da tempestade.
Nem fitar o olho do furacão.
Sou a onda que se forma e invade,
oceanos de sonhos, nas escumas da ilusão.
Sou impacto, desengano
Nas paredes do meu cais.
Não me tenha piedade,
voo além da liberdade.
Nas asas da insanidade
que o poeta se refaz.