Não sei como está o tempo...
Não, não me vejo sem ele!
Andando por minha vida,
Em meio a um campo verde.
Uma existência atemporal,
Cuja a paz encontro em mim,
Abrindo os portões a claridade,
Entrando pelos meus olhos mortal.
E não sei se a culpa consome,
A verdade a qual tenta fugir,
Desprendida de qualquer forma,
Incapaz de viver sempre aqui.
Se ainda houver minutos...
A sobrar de imediato, assim,
Haverá tantas coisas pensadas,
Para se escrever, antes de dormir.
Um paralelo mundo,
Intenso nas cores suas,
Tocando a sonoridade das águas,
Ao deixar banhar o meu rosto.
E o cheiro das macieiras,
Invadindo o subconsciente,
Que dança freneticamente,
Com alguém se mostrar ali.
Por instável momento,
Sentirei o vazio se afastar.
E a doçura da morte me levar,
Mas, saberei que é você.
Ah, minha pequena!
Cartas ancestrais do próprio eu,
Favo de gotas proféticas,
Personificação das estrelas do céu.
O delírio envolver as mãos,
Um poema gentil em seus beijos,
O amor em pessoa nesta plenitude,
Quando o rompante assume o desejo.
É deveras absurdo,
Querer te conhecer?
Oh, camponesa imperial,
Aquele anjo a me acolher.
Descubro o profundo sabor,
Dos lábios a me lançar na miséria,
Daquela sublimidade, de um dia,
Reconhecer o sorriso da redenção.
Contudo, se é possível adiar,
Os ponteiros da visita a sala de estar,
Anseio cruzar por dez segundos,
Amando a beleza: "o despertar".
Então, poderei enxergar,
A hora certa de partir!
Sabendo que já não és mais,
O abraço, só no papel a existir.
Ricardo Oliveira - 08/07/2020