MINHA ÍNFIMA EXISTÊNCIA

Minha existência na terra

É por mim muitas vezes sentida

Como uma poeira levada pelo vento da finitude...

Mas em meus sonhos,

Nas suas asas cheias de poesia,

Percebo que refulge um lindo brilho de imortalidade.

Nenhum resquício de vaidades e arrogâncias

Podem de mim prevalecer;

Mas tão somente deve viver

Uma obra de amor, verdade e simplicidade

Deixada como testemunho

Por quem vive na árdua missão

De deixar rastros de eternidade nesse mundo perecível.

Se ainda eu posso fazer algo de permanente

Nessa realidade de sombras e evanescências,

É unicamente dar pequenas contribuições

Para que a verdade do amor se manifeste

Nos corações mais desesperançados.

Eu não passo de um grão de areia

Que, mesmo na minha insignificância,

Anela pela eternidade do meu ser

E por uma vida regada pelos orvalhos

De uma infinita comiseração divina.

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 30/01/2021
Reeditado em 30/01/2021
Código do texto: T7172305
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