MINHA ÍNFIMA EXISTÊNCIA
Minha existência na terra
É por mim muitas vezes sentida
Como uma poeira levada pelo vento da finitude...
Mas em meus sonhos,
Nas suas asas cheias de poesia,
Percebo que refulge um lindo brilho de imortalidade.
Nenhum resquício de vaidades e arrogâncias
Podem de mim prevalecer;
Mas tão somente deve viver
Uma obra de amor, verdade e simplicidade
Deixada como testemunho
Por quem vive na árdua missão
De deixar rastros de eternidade nesse mundo perecível.
Se ainda eu posso fazer algo de permanente
Nessa realidade de sombras e evanescências,
É unicamente dar pequenas contribuições
Para que a verdade do amor se manifeste
Nos corações mais desesperançados.
Eu não passo de um grão de areia
Que, mesmo na minha insignificância,
Anela pela eternidade do meu ser
E por uma vida regada pelos orvalhos
De uma infinita comiseração divina.