Há sempre dois lados iguais.
De todas as vezes que acordei
E de ter novamente sonhado
Sonhei que tinha as mãos postas em prece
Apressando Deus
Perguntando quando vinha essa resposta
Implorando por saber de sobre os fatos
Desses, que a alma gosta, porém nunca acontecem
Correspondências que se manda
e que mandam pra gente também
Nem lá, nem cá...não chegam nunca
Transformando esse lugar chamado vida
Numa espécie de espelunca que se abre à noite
Só nos cabe viver
Assim que dois olhos se abrem
Pra essa vida real ou algo que parece ser
Nem lá, nem cá
Metade dia, outra metade noite
Metade lá, metade cá
Duas mãos em prece
Outras duas metades, nada mais
Somente nossas vidas que parecem diferentes
No final do dia
Todas as coisas são iguais pra sempre
Sempre iguais.
Edson Ricardo Paiva.