NADA
Francisco de Paula Melo Aguiar
É usado como pronome indefinido.
Diante da ausência de algo pretendido.
Coisa particular ainda não definido.
Embora presente no mundo subjetivo.
É o nada encontrado no ser tudo.
Do ser poeta e do não ser nada.
Embora arauto de si grande ou miúdo.
História diurna, noturna e da alvorada.
Pode também ser usado como advérbio.
De modo nenhum, não é nada sério.
Então o ser poeta é falar em provérbio.
Em versos e prosas, na visão e no critério.
É a história do tempo de uma vida.
De dias e noites apaixonadas e ilusórias.
Construção sem corpo e alma construída.
Como o voar das aves migratórias.