Amor livre
Sou coagido, mas não voltarei.
Me impelem ao mal os frutos que mordisquei?
Caminhos sem mel cá e lá e não importa onde
Seja eu das agruras um sarcasmo defronte.
Do alto de lá, das montanhas se constitucionaliza
E cá se pensa sobre as aulas que bendiz se teoriza
Quem olha de lá distante e visa o olhar de ar semelhante,
Vê que o homem ao amar, de amor vitaliza-se perante
Fui coagido, mas sim, mordisquei.
Me impelem ao mal os afrescos que pincelei?
E eu pinço do que pensa o homem no seu olhar ao pincel
Relatando esboços que houvera feito sem jeito no papel
Sou o homem a quem o tento ao amar minimiza
Riscando sem olhar os semblantes de ojeriza
No elo, afeito ao avesso, o efeito da carga imposta
Que cai como pedras oriundas do céu nas largas costas
Sou coagido, mas não me revoltei
Me impedem dias atrevidos que vivi e viverei
Que venham pedras do que ruir de esferas prepostas
Que caem cretinas do céu e se afundam como (apostas).