A esperança da colheita
Plantar a semente
que germina em toda desprezada gota.
Alimentar de céu
a libélula que anda solta.
Tempo de colheita.
Levando frutos verdes,
e cascas já secas.
O tempo de amar urge.
A chuva, a relva,
névoa embaça lá fora.
Voltemos a nossa humilde casa agora.
Somente nós e Deus.
E tudo que a vida nos deu:
esta oportunidade.
Cidade! Lá em cima
O algoz mira e desce.
De garras em punho.
Aterrador.
De onde menos se espera.
Dentro de nós úmida cresce
uma tenra semente
de valioso amor.
Vinicius Santana
SSA, 20 dez. 2020
(escrito 1 ano após o início da pandemia)