A FACE DA DOR
A face da dor
Naquela tarde de pequeno encanto
Foi como sereno caído em pranto
E a face molhada que se desfez
Desfigurado olhar camufla lucidez
Se é dote chorar, eu não sei
Vejo que a hora alegre chegará
Para os sofredores não terá outra vez
E a face ora desbotada renascerá
A vida, o vulto, a viola e o vento
Em seus reais momentos de dor
São como flagelos e grandes tormentos
Que morrem em tardes de encanto e amor.
Edye