Raivarte
Pensadores incompreensíveis,
Carregam inquietações na alma,
A mente cheia,
E um coração vazio.
São julgados,
Taxados por maldoso apelido,
Não se encaixam ao sistema,
Não é engrenagem,
Eles causam atrito.
Eles buscam mostrar uma outra visão,
E que o projeto que te vendem é uma prisão,
Que a vida que tu leva é exploração,
E que o Deus da tua fé quer submissão.
Não entendem o porquê do viver,
No sistema não vão se instalar,
Transbordam a fúria em arte,
Se não ler, irá ver ou escutar.
Incompreensão gera curiosidade,
E a curiosidade invade mentes e lares.
A essência pendurada na parede,
Rádios ouvem revoltas,
Palavras escritas com fúria,
Sem a folha rasgar.
Que o Deus dos loucos mantenha a insanidade perene,
Faça com que alguns pensem diferente,
Que a indignação seja sempre presente,
E que a raiva se transforme em arte,
Fazendo atingir toda gente.