Tua Palavra, Minha Escrita

Por que me carregas deste jeito?

À mente traz munição

Sussurros quando estou no leito,

Em sonhos me diz que é certo ou não.

Sou canal de tuas palavras,

Melodia de tua canção,

Sou a poeira da estrada,

Quando tu és caminhão.

Miséria de forma asmática,

Excesso de ar sem respiração,

Não me contenta o limite,

Para minh'alma não há salvação.

Tu que és dono da palavra,

Faze dela sublimação,

Use-as como larva,

Deixe marcas,

E traga a satisfação.

Destrua convicções,

Certezas e opiniões.

Abale a fé desses pagãos,

Que ao dinheiro estendem as mãos.

Acalente todo triste coração,

Colo aos que sofrem de depressão.

Seja calma aos tormentos,

Escute e compartilhe seus lamentos,

Seja eterno, neste exato momento,

Frescor, quando tudo estiver ardendo.

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 26/11/2020
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