Tua Palavra, Minha Escrita
Por que me carregas deste jeito?
À mente traz munição
Sussurros quando estou no leito,
Em sonhos me diz que é certo ou não.
Sou canal de tuas palavras,
Melodia de tua canção,
Sou a poeira da estrada,
Quando tu és caminhão.
Miséria de forma asmática,
Excesso de ar sem respiração,
Não me contenta o limite,
Para minh'alma não há salvação.
Tu que és dono da palavra,
Faze dela sublimação,
Use-as como larva,
Deixe marcas,
E traga a satisfação.
Destrua convicções,
Certezas e opiniões.
Abale a fé desses pagãos,
Que ao dinheiro estendem as mãos.
Acalente todo triste coração,
Colo aos que sofrem de depressão.
Seja calma aos tormentos,
Escute e compartilhe seus lamentos,
Seja eterno, neste exato momento,
Frescor, quando tudo estiver ardendo.