Questionamentos a Chronos
Oh senhor do tempo!
Cada minuto um tormento
Pode atrasar seu relógio?
Recuar as horas?
Ou adiantar momentos?
Na realidade, gostaria de voltar ao passado.
Ver a origem dos meus lamentos,
Endireitar o que foi torto,
O que é ruim,
Jogar vento.
Ou se ao invés de voltar a nascer,
O correr das horas?
Até o momento de deixar o tempo em mim morrer,
Há um renascer?
Me encanta a possibilidade de um mistério viver.
Alguém sabe para onde vai o pensamento,
Depois da morte do corpo terreno?
Umbral, céu ou inferno?
Janah, Aruanda, monte Meru,
Qual Sansara vou estar?
Diante de Deus, do Pai Oxalá ou de Alá?
Ou voltar a um Todo?
Fazer parte de um infinito universo?
Ser uma personagem do mundo de Sofia?
Ou o inferno de Dante é a sequência da vida?
Alguém já voltou para te contar?
São vários ou apenas um lugar?
Peço perdão a Chronos,
Pelos meus questionamentos,
São tantas as minhas dúvidas,
Posso fazê-lo enfurecer,
Não vai querer voltar o tempo,
Nem fazer ele correr.
Me prender nesse momento,
Castigo por acreditar merecer.