Sem rumo
A vida desliza
Por sobre telhados
Poeticamente
Quando a manhã se encerra, morre
Quando os cães deitam-se nas calçadas
Vida, ela segue sem rumo
Pelas praças passeia
Sob forte sol
Renovando-se
Ora alegre, ou triste
Ó vida
A varar por becos
Admirar Jardins
Adentrar casas
Molhar-se na chuva
A cansar-se, exaurir-se
E na noite fria, de silêncio, repousar.