Quase um Bolero

Um depois indefinido,
revestido de otimismo
aguarda-me no calendário.
 
Hoje sou esperança
enquanto folheio lembranças
de um passado noutro cenário.
 
O presente desembrulhado
revelou-se retardatário
nas delicadezas do viver.
 
O tempo parado no tempo
deixando sem argumento
os ponteiros do compreender.
 
Transbordando impaciências,
adiando sonhos, projetos,
sem saber se hoje exagero
reinvento-me num quase bolero:
amanhã eu vou,
amanhã eu quero!
 
Rogoldoni
18 10 2020
https://rascunhosdarogoldoni.blogspot.com/2020/10/quase-um-bolero.html


 
Rosângela de Souza Goldoni
Enviado por Rosângela de Souza Goldoni em 23/10/2020
Reeditado em 01/11/2020
Código do texto: T7094627
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