Suspiro
Tanto que já passou,
Tanto que já mudou
Nem tanto talvez, e a loucura continua com os loucos a cada dia.
Me debruço nos dias de hoje.
Por horas me sinto inerte, uma paralisia advinda dos pesos presos a os calcanhares.
Só imaginação, se me permite a poesia
Mas também por onde seguir?
Para que seguir?
Segui sempre por caminhos novos
Renascer das cinzas, pó, fumaça, poeira….
Andarilho ao brilho do sol que queima.
Já não sinto mais, não me é permitido
Já não faz diferença, embora é vida que segue.
E segue debruçada nos delírios, nos afagos, nas rasteiras....
Mas seguindo há forças, um levantar
O sol amanhã brilha sem reclamar.