Rumo ao Mar

Escuto o silencio do poente

Vejo a sombra do fim do mundo

A mente aquieta-se de forma vagarosa

E o tempo começa a dissolver-se

Agigantando-me no vazio infinito

Aniquilando toda possibilidade de mudança

A confirmação solene

Veio com a perca do olhar da infância

O frio parece ser o único tato

O gosto amargo e a garganta seca chocam-se

Com os rios turbulentos dentro de mim

O inverno da vida que se passa

São as águas das montanhas rumo ao mar

A taça que no chão se despedaça

Vira o oficio de concertar