A Poesia
Ela vem a qualquer hora
E chega rodopiando feito bailarina
Com seus pliés perfeitos
E seus intermináveis fouettés
Às vezes, vem feito Pierrô
Que apaixonado pela Colombina
Eterniza suas lágrimas
Na esperança do amor viver
Outras vezes, vem como criança
Agarrada num algodão doce
Com gargalhadas infinitas,
Girando ao carrossel
Ela vem, sempre vem...
Entusiasmada, perturbadora
Inquieta ou acolhedora
E preenche-me a alma, leva-me ao céu
Ela é quem dita as normas
Conduz os meus sentimentos
Dela, colho as emoções
Em infinitas contradições
Vivo poesia, em cada pedaço
Do que vivo e sinto
Espero ansioso, inquieto e receptivo
As surpresas da sua chegada.