PASSAGEIRAS DA MINHA VIDA
(Sócrates Di Lima)
Há pessoas
que entram na minha vida,
Umas vem,
ficam,
e vão se embora,
Há outras pessoas também,
que passam,
Ficam por um tempo,
Depois partem...
As que entram eu dou guarida,
de amor
e sexo!
As que passam,
Vivem um sentimento,
enquanto possam durar.
As que ficaram,
receberam de mim,
aquilo que tive de melhor,
O amor.
As que passam,
Tem por certo,
O que eu tenho de bom,
O meu carinho, ternura!
E se vão embora,
É porque não fincaram raizes,
Mas deixaram cicatrizes.
Mas entre umas e outras,
Tiveram a minha atenção,
Enlace,
sentimento.
Sei, por certo,
que ninguém passa por mim,
em vão.
E se alguma coisa me dão,
Como carinho e dedicação,
Tem em troca,
toda a minha emoção,
e pro certo,
minha razão!
E se por algum motivo foram embora,
É porque, não poderia ser,
Não poderiam ficar,
Talvez quisessem,
mais do que eu poderia lhe dar.
Jamais me arrependo,
de cativar um amor,
e jamais me entristeço,
Quando ele se for.
O que me importa,
O que me faz feliz,
É o que deixam de bom,
Como uma memória,
Uma breve história,
Uma lembrança,
Uma saudade boa.
Jamais fui um homem triste,
solitário,
E se minha alma existe,
Apesar dos meus calvários,
É uma alma boa,
que só quer amor,
Só quer amar,
E se elas se vão ou passam,
São passageiras de um trem,
Que nunca se fixam,
Em estação alguma.
E o que importa,
É que,
sózinho ou não,
Sei...
Que aqui estarei,
E elas, passageiras
do trem da minha vida,
até que um dia,
alguma finque raíz
e seja a ultima da minha estação,
do meu trem sem outras passageiras.