CATAVENTO
E me vem o benfazejo alento
Por perceber que o meu sentir
Necessita com absoluta premência
O renovado desejo por verter lágrimas felizes
Que a vida não me condene a maldita sina
De voos rasteiros, suprimidos e rotineiros
Onde o meu espírito não seja catavento
Bafejado por taciturnos ventos
Condenado a girar e girar por pesada sentença
Acorrentado sob a mesma nova paisagem.