ESPELHO D'ÁGUA

Sinto meus olhos molhados de orvalho

Ou talvez seja só a imersão

Nas águas paradas do remanso da alma

Ou nas mágoas represadas em meu coração

Tento trazê-las à toma das vagas

Mas vejo o quão profundas estão

Arraigadas no emaranhado das algas

Mas como uma onda, aflorarão

Ah, se eu fosse uma simples sereia

De sol e de arco-íris vestida

E se caísse nas redes ou teias...

Lutaria sem trégua até me libertar

Ao me desprender, poderia ter

A alegria intesa de saber voar

Pela imensidão do céu do mar

Alcançando a PAZ de sentir e ser!