Escuridão, não mais.
Karolina, Fernando,Marcelo,
Mariana, José, Felipe,
são pessoas distintas
que carregam um monólogo igual:
As vezes não queria existir.
Tenho feridas que não se curam.
Meu coração não bate mais como já bateu.
Meu corpo está cansado, só vejo tristeza,
não consigo me alegrar, queria voltar
a minha inocência queria fazer tudo diferente.
Tento correr o mais rápido possível
tentando encontrar algo para me agarrar
mas é inútil.
Me sinto um inútil, estou me esvaindo de mim
sinto isso e não consigo continuar.
Não sei ao certo o porquê preciso continuar,
tento me agarrar as lembranças que restam,
mas as vezes não é o suficiente.
Me sinto um estorvo e apenas corro,
corro dos outros, corro de mim,
corro dos meus pensamentos,
corro sem destino.
Mas quero findar isso tudo e ir de encontro ao vazio,
quero acabar com esse turbilhão
que me consome, para o abismo.
E vislumbro, vislumbro minha infância, meus pais meus irmãos meus amigos, percebo que o vazio que busco não irá me consolar e sim me calar não irei ter mais liberdade, minha agonia irá apenas aumentar meus pensamentos serão silenciados.
Respiro e volto tento tirar uma força que não tenho de dentro de mim, peço colo de minha mãe e lhe peço ajuda, não consigo sozinho não sou forte o suficiente.
Minha mãe me acolhe, levanta meu rosto que está aos prantos em seu colo, e diz: - Que sou mais forte do que eu penso , pelo simples fato de lhe pedir ajuda.
Karolina, Fernando,Marcelo, Mariana, José, Felipe
nesse momento percebem que não são inexistentes, que não são fracos, que são alguém, e agora correm, correm muito. Mas agora é diferente, correm ao seu próprio encontro e se acolhem aceitam suas feridas, sabem que não estão sozinhos.