Sou estrada

Às vezes
me falta o chão
então flutuo
ou navego
envergo, mas
não me envergonho
nem quebro
requebro
e levo
um sorriso
nos lábios
nos olhos
recolho os grãos
com as lágrimas
rego o chão
nova plantação
colho flores
amores antigos
amores amigos
me firmo e sigo
sou estrada
com altos e baixos
curvas e retas
sempre abertas.
Zenilda Ribeiro
Enviado por Zenilda Ribeiro em 31/08/2020
Código do texto: T7050829
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