Subindo a ladeira para viver
Sobe a ladeira lentamente, cada passo se faz em sacrifício, sabe de cor quantas pedras inda vai pisar antes de no topo chegar, agora, parado, busca todo ar que possa pegar, mãos nas cadeiras, enxuga o suor da testa, finca seu cajado de goiabeira num vão e, num impulso endireita o que pode do corpo doído e arqueado, mas falta pouco, só umas dez pedras mais, se a subida é dura, a descida judia bem mais, faz essa jornada todo dia, sabe, e como sabe, se desistir não viverá muito mais.