Frio da navalha

Frio, arma fria que corta como lâmina mórbida
Rouba o ar, faz doer a carne e petrifica o coração
Frio que faz vítimas sem a mínima compaixão
Oh, frieza crua que faz abrir as veias nessa terra tórrida.

Oh, frio... aquece-te de amor nessas ruas breu
Oh, rua apura os teus ouvidos para escutar gemidos
Oh, calor... aquece o corpo desse povo sofrido.
Oh, povo... diz aí o que faço contigo, povo sem abrigo!

Quero o calor de povo coberto de generosidade
A nudez da alma afaga os cabelos em desalinho
Faz enrijecer a vida do pássaro fora do ninho.

Quero a paz das águas mornas do oásis
Dê amor, no frio e no calor, se for capaz
Deixe a tristezaque resfria a alma pra trás .


 
Joyce Lima
Enviado por Joyce Lima em 23/08/2020
Reeditado em 23/08/2020
Código do texto: T7043940
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.