NO SILÊNCIO DIVINO
Nesta tarde quieta, no silêncio divino...
os fulgores da alma movem os pensamentos,
para o ápice da poesia proseando com o destino,
em versos que às vezes me fogem em fragmentos.
Na linha reta em que se desfaz o horizonte,
perdendo-se em cores púrpuras e violetas,
meu olhar suspenso fazendo do ar uma ponte
transcende em círculos a contornar o planeta.
Sou poesia que se refaz em febris alegrias,
quando das horas tardias flerto com o universo
e numa romântica retórica e múltiplas alegorias
vou criando poemas com deleitoso progresso.
Pelo amor, pelas ideias radiantes do insight raro,
desfolhando palavras com sentimentos ardentes,
meu verdadeiro sentido pela arte é êxtase claro
que agita meu mundo com rimas fluentes.