Réu ou Vítima?
Não somos livros para termos títulos,
Não somos peças com marca registrada,
Não somos produtos para termos rótulos,
Teus julgamentos não nos levam a nada.
Nasci da terra,
Do barro,
Estou em reconstrução.
Me atiram pedras,
E os cacos,
Se espalham ao chão.
Carrego marcas,
E perdas,
Só recordação.
As cicatrizes,
São marcas,
Não uma prisão.
E não me prendo,
Passado,
Foi uma lição.
Futuro é certo,
Construo,
Com as próprias mãos.
Por isso que te peço,
Saia da ilusão,
Que teu passado determina,
O que vai ser ou não.
Pior prisão é a gente que cria,
Fazemos dela nossa companhia,
Não esquecemos, nem noite, nem dia,
É prisioneiro de uma guerra fria.
Cela sem chave e não há vigia,
Experimente ver a luz do dia,
É uma dádiva, a tudo irradia,
Não está sozinho, contigo sempre há um guia,
Que te ampara, segura pelas mãos divinas.