Ausência, aromas e disritimia
Todas ás vezes que se afasta
O cheiro do Jenipapo assombra-me
O silêncio falastrão
Joga aos meus pés as chaves
De todos os cadeados
Cada batida cardíaca
Abre alternadamente meus olhos
A pele arrepiada fita-me
Exigindo atitude
A imobilidade rouba-me a voz
O único movimento possível
É levar as mãos ao rosto
Que rasteja-se incansavelmente
Amparando as lágrimas
Para não apodrecer na minha boca
Espero que o teu retorno salve-me