Luz...

 
Naquele caminho, em meio a uma floresta interminável
Vinha a noite encoberta de nuvens, sem estrelas e lua
O percurso era muito longo e a escuridão assombrava
Quando percorridos longos trechos cheios de espinhos
E emaranhados de cipós, entrelaçados uns aos outros
Dificultando a acessibilidade das borboletas nas flores.

Repentinamente, uma luz brilhante com múltiplas cores
Apontando para uma direção onde havia muitos potros
Que se banhavam nos córregos límpidos e muito rasinhos
Rodeados por uma alta macia grama que os alimentava
Desfrutavam e acariciados pelo silêncio da noite nua
Na escuridão infinita dos céus, comodidade confortável.

Enquanto a nação faminta contestava a situação lamentável
Dos impropérios eventos que nos altos escalões perpetuavam
Homens inescrupulosos e vis que o perfume fétido espalhavam  
Descortinando num céu nebuloso de um povo que luta sozinho
Enquanto desatam correntes, outras arrebentam em escombros
Enquanto buscamos isso, as borboletas, as suas preferidas cores...      

 






 
Texto: Miriam Carmignan
Imagem Google