Inerente
Não vou rir para não te incomodar,
Ninguém me avisou que a vida era assim,
Abster-se de si é submissão.
Isso aconteceu antes, não quero pisar em ovos desta vez,
Quando chover estarei com você!
Só quero que divida o guarda-chuva comigo ou se molhe.
Quero me expressar com você, falar dos meus medos, poder chorar…
Me declarar como nunca fora feito em outros tempos ou vidas,
Debater Belchior!
Você é o melhor café que já bebi.
Quando tu vais, espero a tua volta, tanto quanto o sertanejo espera a chuva molhar teu chão…
É a minha esperança!
Estou cansado, minhas pernas e pés doem…
Necessito voltar a sentir que estou flutuando,
É tanta andança que leva a nenhum lugar!
Sinto falta da cabeleira vermelha e daquele sorriso,
Sinto falta das tuas mãos,
Quando tudo ficou longe?
Não pulso mais!
Nesses dias sinto que nem nasci.
É duro pra mastigar e seco pra engolir,
Os olhos abertos olhando para o que não quero ver
Eu sou o próprio Saci em uma corrida com obstáculos.