Obtuário dum poeta
Na dança das cores e dos sons da manhã
Tudo se calou por trevas densas...
O silêncio enegrecedor se fez sentir na ausência...
Como o calor aurido do típico tepann
Na angústia de Infessura contrária à versa
Que das danças e sísmicos balanços da típica controvérsia
Se fazia crítico da crítica descabida...
Cínico defensor da vida...
Plácido criador de contendas tão diversas...
Na sua mão direita a pena destra
Na esquerda, o coração pulsante na tatuagem apagada
No “M” que na palma escrita frisava a linha malfadada
Do traço de uma linha mestra e diluída
Marcando a duração da maltratada vida...
Deixa mulher, filhos e herança escrita...
Ninguém tão pessoal, mas ícones das sua fantasia explícita
Na alma que só o poeta tem...
Nas cores que a ele convém
Deixar poesias, para serem vistas...