Sem visitantes, sem novidades
Não há visitantes
Não há novidades
Tenho dormido no fim da tarde
Ficando forte para encarar a insônia
Um pouco de reza a acalentar
Um pouco de festa carrego no olhar
É tanta coisa que faço
Para apenas um bom dia lhe dar
Meus vizinhos cuidam do seu tanque de guerra
Enquanto minha mãe rega uma flor
O riso no meio da resenha impera minha casa
Do outro lado da rua alguém se acidentou
Meu cachorro espera a hora do almoço
Até sabe qual é a hora do jantar
Algumas músicas no pé do ouvido
As mãos cheias de carinho a conversar
Que não há novidades
Tampouco planos para ontem
Sua pele
nunca mais a cidade sujou
Não há visitantes
Estamos todos se despedindo
Pelo espelho do tempo
Que embranquece cabelos
Que faz morrer de medo
Quem muito acreditou
Desde quando chegou
Não há novidades
Só cansaço
E um fim de tarde