Outono
Quero pecar e sorrir
enquanto as folhas secas caem.
É outono, tudo se renova.
Quero poder pecar,
renovar,
buscar tudo diferente,
me encobrir em causas férteis,
desabrochar para coisas inúteis.
Quero vestir a capa nobre,
mesmo que falsa,
nunca pobre,
para enganar, usufruir,
usar aqueles que buscam o “ter”
esquecendo que o “ser”,
além de verbo, vai fundo,
perscruta e enobrece.
Quero folhas verdes,
esquecer tudo o que caiu,
flutuou e ficou pelo chão.
Não quero saber que ontem... Fui,
que hoje posso ser.
Mas, não quero acontecer nada.
Quero pecar e sorrir nas folhas verdes,
sem manhãs, nem amanhãs,
apenas hoje... Agora.
Deixar que o tempo vença a hora,
que a mulher se dispa,
usada, abusadamente manipulada.
Quero ser eu, gente comum,
pecar, sorrir, tecer redes,
transar pelo fato de querer,
trançar, mentir para viver.
Quero renovar,
sorrir, pecar
no broto das folhas verdes.
Quero pecar e sorrir
enquanto as folhas secas caem.
É outono, tudo se renova.
Quero poder pecar,
renovar,
buscar tudo diferente,
me encobrir em causas férteis,
desabrochar para coisas inúteis.
Quero vestir a capa nobre,
mesmo que falsa,
nunca pobre,
para enganar, usufruir,
usar aqueles que buscam o “ter”
esquecendo que o “ser”,
além de verbo, vai fundo,
perscruta e enobrece.
Quero folhas verdes,
esquecer tudo o que caiu,
flutuou e ficou pelo chão.
Não quero saber que ontem... Fui,
que hoje posso ser.
Mas, não quero acontecer nada.
Quero pecar e sorrir nas folhas verdes,
sem manhãs, nem amanhãs,
apenas hoje... Agora.
Deixar que o tempo vença a hora,
que a mulher se dispa,
usada, abusadamente manipulada.
Quero ser eu, gente comum,
pecar, sorrir, tecer redes,
transar pelo fato de querer,
trançar, mentir para viver.
Quero renovar,
sorrir, pecar
no broto das folhas verdes.